Já ouviu falar em BIM? Saiba como esse modelo auxilia a implantação de um novo empreendimento

Já ouviu falar em BIM? Saiba como esse modelo auxilia a implantação de um novo empreendimento

O Building Information Modeling (BIM) ou Modelo de Construção da Informação, em português, representa um novo conceito para projetos de construção nas áreas de edifícios, infraestrutura, indústria e serviços. A implementação da metodologia BIM permite que os dados envolvidos no gerenciamento ou na elaboração de um projeto sejam organizados de maneira ordenada, de forma que a representação do produto final seja muito mais fiel à realidade. Entenda como funciona essa metodologia e como a Dynatest atua para sua implementação no Brasil.

Por meio do conceito BIM, a modelagem de um empreendimento é realizada utilizando peças ou blocos em 3D que incorporam diversas disciplinas, em um modelo de construção virtual que permite o acompanhamento geral do processo executivo da obra, além de facilitar a mitigação de riscos e a redução de custos das obras. É como substituir, metaforicamente, o uso de mapas por maquetes mais completas e complexas.

A implementação dessa metodologia no Brasil é apoiada pelo Governo Federal, que, por meio do decreto nº 9.377, de 17 de maio de 2018, instituiu a Estratégia Nacional de Disseminação do BIM – BIM BR. Essa medida tem como finalidade oferecer diretrizes e promover um ambiente propício ao investimento em BIM no país.

A Dynatest participou recentemente de um workshop realizado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para a disseminação das ações aplicadas pelo Governo Federal para implementação do BIM. Neste evento, ocorrido em Recife (PE), na Superintendência Regional do DNIT, foi instituído o Comitê Gestor da Estratégia BIM BR – CG-BIM, para implementar a Estratégia BIM-BR e gerenciar suas ações.

O DNIT, por meio da Diretoria de Planejamento e Pesquisa (DPP), está à frente da elaboração de um planejamento estratégico para a contratação de serviços que adotem o modelo BIM. Essa iniciativa visa a abrigar nesse método todo o processo de elaboração, construção, gerenciamento e manutenção dos empreendimentos rodoviários.

Como a Dynatest atua nesse processo?

Em parceria com a Coordenação de Planejamento e Programação de Investimentos (CGPLAN) e o setor de Geotecnologias Aplicadas, a equipe de caracterização topográfica da Dynatest estuda a estruturação e a construção de uma metodologia operacional para implantação do BIM durante as fases iniciais de um empreendimento rodoviário.

Na imagem abaixo é possível visualizar as fases de planejamento do BIM em estudos e projetos de empreendimentos rodoviários desenvolvidos pela Dynatest. A estratégia foi desenvolvida em consonância com o pensamento da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

Durante o workshop do DNIT, Anderson Alvarenga, da DPP, Raphael Borges, do setor de geotecnologias aplicadas da CGPLAN, e Rodrigo Paranhos, da Dynatest, introduziram os conceitos básicos do BIM aplicados à infraestrutura de transportes rodoviária, apresentando resultados em disciplinas de geometria, terraplenagem e obras de arte especiais (OAE).

Na imagem acima é possível visualizar os níveis de detalhamento (Level of Detail – LOD) de um modelo BIM de infraestrutura de transportes. Os primeiros estudos da Dynatest a respeito do tema foram baseados na análise das documentações digitais de Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEAs), para construção de um modelo virtual inteligente, capaz de construir as intervenções propostas em estudo e evoluir em associação com os diversos módulos da infraestrutura de transportes nacional.

Veja abaixo algumas imagens que representam a prática de um modelo BIM, desenvolvido para a análise EVTEA da BR-080-251/GO/DF.

INTEGRAÇÃO BIM + GIS

(Compatibilização de dados geoespaciais e documentação Computer Aided Design – CAD)

O modelo compatibiliza o modelo digital do terreno com 30 metros de resolução e os alinhamentos horizontais da BR-080/GO. Podem ser observados o segmento federal existente e a alternativa de implantação aprovada.

CORREDOR RODOVIÁRIO

Criação do corredor rodoviário a partir do desenvolvimento e integração dos seguintes elementos: alinhamento horizontal, perfil de projeto e seção tipo. O corredor é formado para a definição da superfície de terraplenagem e para a extração de quantitativos de volume de massa.

MODELO BIM NO INFRAWORKS

Depois da conclusão da evolução do estudo de EVTEA, pode ser realizada a compatibilização do projeto com o ambiente BIM do software Infraworks, da Autodesk, para a visualização em um ambiente tridimensional.

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Carros autônomos: inovação e tecnologia para um tráfego potencialmente mais eficiente

Há poucas décadas, imaginar um veículo que trafegasse sem qualquer interferência humana seria fruto da imaginação ou objeto de obras de ficção. No entanto, ao longo dos últimos 30 anos, diversos experimentos ao redor do mundo tornaram o conceito de carros autônomos uma das tecnologias mais promissoras da atualidade. Graças a investimentos massivos em inovações deste tipo, já existem veículos capazes de identificar o ambiente e percorrê-lo sem qualquer interferência humana.

Debates ainda são travados para tentar estabelecer quais transformações socioeconômicas serão enfrentadas quando os veículos autônomos ganharem as ruas. O fato é que esses carros “futuristas” possuem grande potencial para reduzir a emissão de poluentes na atmosfera, a ocorrência de acidentes de trânsito, de congestionamentos e, consequentemente, aprimorar a segurança e a eficiência dos transportes – estima-se que, entre 2035 e 2045, 585 mil vidas poderão ser salvas. A transformação afetará também o setor de infraestrutura de transportes, que deve ganhar diversas soluções para tornar as rodovias mais adequadas a esse novo conceito.

(Dados provenientes de estudo realizado este ano pela KPMG, levando em consideração quatro pilares principais: aceitação do consumidor; tecnologia e inovação; infraestrutura; e política e legislação)

 

Níveis de autonomia

Para ajudar a entender os níveis de independência dos carros autônomos, a Society of Automotive Engineers (SAE International) elaborou um guia com seis categorias que ajudam a identificar em qual estágio de evolução a indústria automobilística se encontra em relação à automação dos veículos. O primeiro deles, denominado Nível 0, representa os veículos em que o motorista é responsável por toda a condução e aceleração.

O Nível 1 corresponde ao surgimento dos assistentes de frenagem que, apesar de permitirem algumas ações autônomas, ainda exigem que o motorista direcione o carro. Empresas com exemplos deste estágio são a Ford, cujo assistente desacelera o carro em aproximações bruscas, e a Nissan, que regula a velocidade nas curvas automaticamente.

Carros que regulam a condução e a aceleração em condições limitadas compreendem o Nível 2. Em 2014, empresas como Tesla, Cadillac e Volvo lançaram veículos que se mantêm em uma faixa mesmo que o motorista não segure o volante. Veja abaixo uma demonstração do veículo autônomo da montadora americana Tesla:

No Nível 3, o grande exemplo é o Audi A8, no qual o motorista pode tirar as mãos do volante a até 60 km/h. Além disso, o carro assume a direção nas estradas e é capaz de estacionar sozinho. Nesse estágio, o carro ainda precisa da atenção do motorista para assumir o controle quando necessário.

(Audi A8, que deve chegar ao Brasil ainda em 2018 | Foto: Divulgação)

Nível 4 e Nível 5 já se parecem mais com as obras ficcionais que estão muito perto de se tornarem realidade. No 4, o motorista pode esquecer o volante enquanto o carro está em movimento. Esses carros devem chegar ao mercado em 2021. No 5, em contrapartida, o veículo será capaz de tomar decisões como um motorista humano, ou até mesmo melhor. As projeções dizem que se alcançará este patamar em meados da década de 2020.

 

Tesla, Waymo, Uber e outras experiências em atividade

(Autônomo da Waymo | Foto: Divulgação)

Nos últimos anos, diversas iniciativas estão trazendo os carros autônomos para a realidade. A Fiat Chrysler Automobilis (FCA) anunciou recentemente que fornecerá unidades da minivan Pacifica para lançar o serviço de táxis sem motorista da Waymo, irmã do Google dentro da Alphabet, nos Estados Unidos. Além disso, Samsung e diversas montadoras como Volkswagen, Hyundai, Ford, GM, Nissan, Mercede-Benz e Toyota já possuem projetos na área.

A Waymo, que começou a trabalhar com veículos autônomos em 2009, está começando também a fazer testes para transportar clientes para lojas do Walmart, também nos EUA. Os carros da empresa já percorreram mais de 12 milhões de quilômetros em vias públicas. Além dela, a Uber também já realiza testes em vias públicas. No último mês, a empresa anunciou que colocará os seus modelos autônomos para rodar nas ruas de Pittsburgh. Os veículos vão rodar em modo manual e terão um segundo ocupante para tomar notas sobre eventos anormais.

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