Fluxo em aeroportos durante a crise e medidas de prevenção

Fluxo em aeroportos durante a crise e medidas de prevenção

O avanço do coronavírus (COVID-19) mudou radicalmente a sociedade que até então conhecemos. Em pouco tempo, fomos obrigados a reinventar a forma de nos relacionar, fazer negócios, trabalhar, estudar e socializar. Além das consequências na saúde, a pandemia trouxe diversas condições à humanidade.

O impacto da Covid-19 nos mais variados segmentos econômicos já é visível. No setor Aeroviário não é diferente: de acordo com dados da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), diante da crise ocasionada pelo coronavírus, a demanda em passageiros-quilômetros pagos transportados (RPK, na sigla em inglês) no último mês, apresentou queda de 52,9%, ante ao mesmo período em 2019. Com o resultado, houve um retrocesso no volume global de passageiros, comparado aos níveis de 2006.

Com um importante papel na sociedade, além de garantir a mobilidade urbana, o transporte aéreo é responsável pela movimentação de carga e mercadorias urgentes ou de alto valor, além da geração de empregos diretos e indiretos. Embora o setor esteja passando por momentos difíceis, já é possível notar uma mudança no cenário.

Como o fluxo de usuários diminui, algumas companhias aéreas estão transportando cargas (dentre elas medicamentos e máscaras) nos assentos que até então eram destinados aos passageiros. A operação emergencial foi autorizada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), apenas enquanto estiver vigente o período de emergência da Covid-19.

Em 01/05, Dia do Trabalho, a companhia área Gol disse que aumentará a frequência de voos domésticos no Brasil.  Já a Azul, que até o mês de abril tinha em seu portfólio 25 destinos brasileiros, aumentou o atendimento em mais quatro cidades.

Combate

Para conter o avanço do vírus, principalmente durante os voos, muitas ações estão realizadas. Recentemente, 52 terminais se uniram e realizaram uma campanha educativa para alertar as pessoas sobre o impacto do novo coronavírus. Nas redes sociais, os aeroportos usaram a hashtag #aeroportosunidoscontraovirus e postaram a seguinte mensagem: “O voo mais importante da nossa história: juntos contra o vírus! Rodas no chão para depois decolarmos mais alto!” A ideia era mostrar que o setor está unido, e que neste momento, é importante reduzir os voos para conter a disseminação do vírus.

Na última sexta-feira (08/05), o Aeroporto Internacional de Florianópolis – Hercílio Luz passou por uma sanitização. Junto com a empresa que administra o complexo, Floripa Airport, militares do Exército brasileiro limparam o local. Em Três Lagoas (MS), o Aeroporto Municipal Plínio Alarcon também foi sanitizado. A ação aconteceu no dia 06 deste mês.

Na Bahia, os aeroportos de Porto Seguro, Vitória da Conquista e Ilhéus também tomaram medidas. Atualmente estão operando com capacidade reduzida, e a exemplo de outros equipamentos, estão realizando medição de temperatura dos passageiros dos voos nacionais vindos de São Paulo e Rio de Janeiro e internacionais de países com casos confirmados da Covid-19.

Os equipamentos fiscalizados pela Associação Nacional das Empresas Administradoras de Aeroportos (Aneaa) adotaram medidas mais energéticas, como a desativação de terminais e portões de embarque; ampliação dos cuidados com a limpeza e higienização dos ambientes; fechamento de pistas e ampliação de espaços para estacionamento de aeronaves; bem como medição de temperatura de passageiros e fornecimento de EPIs para colaboradores que ficam em contato próximo com os usuários.

Além das ações que visam proteger a saúde e o bem-estar de todos, pensando no impacto econômico, ainda, realizaram acordos com sindicatos do setor, que visam assegurar os postos de trabalho, minimizando os impactos nos salários dos colaboradores.

Como atores fundamentais, além de importantes para locomoção, os aeroportos brasileiros têm desempenhado um importante papel social no combate à proliferação do novo coronavírus.

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