Entenda como opera um Simulador de Tráfego (ATP)

Entenda como opera um Simulador de Tráfego (ATP)

Entre os maiores desafios dos engenheiros de infraestrutura rodoviária está a tentativa de estimar de forma eficaz o desempenho e a vida útil das estruturas de pavimentos (novos ou a serem restaurados) das rodovias brasileiras. Com o objetivo de observar de forma acelerada e com índices reais o desempenho do pavimento a longo prazo, a Dynatest/Simular, contratada pelo DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), vem acompanhando o ensaio com utilização do Simulador de Tráfego em trecho rodoviário da BR-116/RS. A iniciativa e gestão são do diretor da Diretoria de Planejamento e Pesquisa (DPP/DNIT), engenheiro PhD Luiz Guilherme Rodrigues de Mello, com apoio do Exército Brasileiro.

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Historicamente, no Brasil, a primeira tentativa de utilizar o Simulador de Tráfego ocorreu na década de 1990, em programa de avaliação do comportamento do pavimento da Rodovia Carvalho Pinto SP-070. A iniciativa foi frustrada por conta da dificuldade de importação do equipamento.

Visita técnica ao simulador de tráfego

A utilização do simulador das condições previstas de tráfego tem como objetivo aprimorar os modelos de desempenho a partir do aumento de sua precisão, contribuindo assim para um melhor dimensionamento durante o desenvolvimento dos projetos de pavimentação.

O equipamento consiste em um semieixo rodoviário de rodas duplas com possibilidade de carga variável até 15 tf, cuja movimentação unidirecional ou bidirecional é capaz de produzir esforços de compressão e de tração nas camadas do pavimento da seção de teste e, desta forma, permitir a avaliação estrutural e funcional do pavimento com expectativas de vida útil.

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O procedimento de ensaio inicia-se na instalação do equipamento sobre uma seção-teste de pavimento definida, onde são realizadas experimentações aceleradas no pavimento em escala real, a partir da aplicação controlada da carga de roda igual ou superior ao limite legal permitido, com velocidade que compatibilize ao período de projeto estimado.

Durante o ensaio, para obtenção dos parâmetros essenciais na determinação do desempenho, é realizada a monitoração da seção-teste através das medições periódicas de deflectometria, afundamento de trilha de roda, aderência, irregularidade longitudinal e defeitos de superfície. A partir das observações obtidas durante o ensaio e dados de monitoração, são realizadas análises que resultam na estimativa real da vida útil e curva de desempenho da estrutura analisada.

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