Veja 5 inovações no transporte rodoviário em estudos e testes

Veja 5 inovações no transporte rodoviário em estudos e testes

A tecnologia avança cada dia mais rápido. As mudanças no setor rodoviário são muito esperadas, pois podem reduzir muitos custos de empresas, agilizar o serviço de entrega e melhorar a mobilidade urbana. E as melhorias são de grande interesse das indústrias no Brasil, uma vez que, segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a maior matriz de transporte de cargas é essencialmente rodoviária – cerca de 65% do total.

Abaixo, veja uma lista com 5 inovações que já estão sendo desenvolvidas por algumas empresas e com lançamento previsto para os próximos anos:

  • Veículos autônomos

A revolução tecnológica, em breve, permitirá que carros, ônibus e caminhões possuam câmeras, radares e detectores ultrassônicos para guiarem-se sozinhos. Atualmente, existem mais de 20 empresas desenvolvendo os veículos autônomos, que poderão reduzir acidentes em até 90%.

  • Veículos elétricos

Os veículos movidos a eletricidade, e não combustível, já são uma realidade em diversos países. No Brasil, há nove carros elétricos ou híbridos à venda, e algumas empresas já começaram as operações com caminhões elétricos. Mundialmente, existem 63 modelos de veículos de passeio e sete caminhões elétricos à venda. A previsão da Agência Internacional de Energia é que a frota chegue a 127 milhões de unidades em 2030.

A utilização de veículos elétricos em larga escala traz muitos benefícios ambientais, pois uma vez que não precisam de combustíveis para operar, não emitem gás carbônico, um dos responsáveis pela degradação da camada de ozônio.

  • Veículos geradores de eletricidade

Além dos veículos elétricos, existem os que são capazes de gerar eletricidade. Por exemplo: um piso que recebe a pressão do peso de uma pessoa ou veículo pode, através da tecnologia piezoelétrica, transformá-la em eletricidade. O recurso já está sendo testado em pisos com alta circulação de pedestres, e o próximo passo é a fase de testes para o tráfego de automóveis.

  • Carregamento sem fio

Para os heavy users de smartphones, este provavelmente é o recurso mais aguardado: recarregar a bateria do celular sem precisar de nenhum fio. No que concerne ao setor rodoviário, a solução procura desenvolver o carregamento da bateria de carros elétricos através do sistema de indução, no qual uma bobina condutora enterrada no chão cria um campo magnético que induz corrente elétrica em veículos equipados com uma bobina secundária. A tecnologia funciona tranquilamente com carros parados, e logo começa a ser testada com automóveis em movimento.

  • Controle de tráfego

Em um futuro não muito distante, existirão tecnologias como big data e veículos conectados originando sistemas inteligentes de controle de tráfego. Esses sistemas têm o objetivo de analisar o fluxo de carros em tempo real para orientar decisões importantes, como inverter o sentido de uma pista e conter a entrada de novos veículos nas rodovias.

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Carros autônomos: inovação e tecnologia para um tráfego potencialmente mais eficiente

Há poucas décadas, imaginar um veículo que trafegasse sem qualquer interferência humana seria fruto da imaginação ou objeto de obras de ficção. No entanto, ao longo dos últimos 30 anos, diversos experimentos ao redor do mundo tornaram o conceito de carros autônomos uma das tecnologias mais promissoras da atualidade. Graças a investimentos massivos em inovações deste tipo, já existem veículos capazes de identificar o ambiente e percorrê-lo sem qualquer interferência humana.

Debates ainda são travados para tentar estabelecer quais transformações socioeconômicas serão enfrentadas quando os veículos autônomos ganharem as ruas. O fato é que esses carros “futuristas” possuem grande potencial para reduzir a emissão de poluentes na atmosfera, a ocorrência de acidentes de trânsito, de congestionamentos e, consequentemente, aprimorar a segurança e a eficiência dos transportes – estima-se que, entre 2035 e 2045, 585 mil vidas poderão ser salvas. A transformação afetará também o setor de infraestrutura de transportes, que deve ganhar diversas soluções para tornar as rodovias mais adequadas a esse novo conceito.

(Dados provenientes de estudo realizado este ano pela KPMG, levando em consideração quatro pilares principais: aceitação do consumidor; tecnologia e inovação; infraestrutura; e política e legislação)

 

Níveis de autonomia

Para ajudar a entender os níveis de independência dos carros autônomos, a Society of Automotive Engineers (SAE International) elaborou um guia com seis categorias que ajudam a identificar em qual estágio de evolução a indústria automobilística se encontra em relação à automação dos veículos. O primeiro deles, denominado Nível 0, representa os veículos em que o motorista é responsável por toda a condução e aceleração.

O Nível 1 corresponde ao surgimento dos assistentes de frenagem que, apesar de permitirem algumas ações autônomas, ainda exigem que o motorista direcione o carro. Empresas com exemplos deste estágio são a Ford, cujo assistente desacelera o carro em aproximações bruscas, e a Nissan, que regula a velocidade nas curvas automaticamente.

Carros que regulam a condução e a aceleração em condições limitadas compreendem o Nível 2. Em 2014, empresas como Tesla, Cadillac e Volvo lançaram veículos que se mantêm em uma faixa mesmo que o motorista não segure o volante. Veja abaixo uma demonstração do veículo autônomo da montadora americana Tesla:

No Nível 3, o grande exemplo é o Audi A8, no qual o motorista pode tirar as mãos do volante a até 60 km/h. Além disso, o carro assume a direção nas estradas e é capaz de estacionar sozinho. Nesse estágio, o carro ainda precisa da atenção do motorista para assumir o controle quando necessário.

(Audi A8, que deve chegar ao Brasil ainda em 2018 | Foto: Divulgação)

Nível 4 e Nível 5 já se parecem mais com as obras ficcionais que estão muito perto de se tornarem realidade. No 4, o motorista pode esquecer o volante enquanto o carro está em movimento. Esses carros devem chegar ao mercado em 2021. No 5, em contrapartida, o veículo será capaz de tomar decisões como um motorista humano, ou até mesmo melhor. As projeções dizem que se alcançará este patamar em meados da década de 2020.

 

Tesla, Waymo, Uber e outras experiências em atividade

(Autônomo da Waymo | Foto: Divulgação)

Nos últimos anos, diversas iniciativas estão trazendo os carros autônomos para a realidade. A Fiat Chrysler Automobilis (FCA) anunciou recentemente que fornecerá unidades da minivan Pacifica para lançar o serviço de táxis sem motorista da Waymo, irmã do Google dentro da Alphabet, nos Estados Unidos. Além disso, Samsung e diversas montadoras como Volkswagen, Hyundai, Ford, GM, Nissan, Mercede-Benz e Toyota já possuem projetos na área.

A Waymo, que começou a trabalhar com veículos autônomos em 2009, está começando também a fazer testes para transportar clientes para lojas do Walmart, também nos EUA. Os carros da empresa já percorreram mais de 12 milhões de quilômetros em vias públicas. Além dela, a Uber também já realiza testes em vias públicas. No último mês, a empresa anunciou que colocará os seus modelos autônomos para rodar nas ruas de Pittsburgh. Os veículos vão rodar em modo manual e terão um segundo ocupante para tomar notas sobre eventos anormais.

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