Conquistas e desafios das mulheres na Engenharia 

Conquistas e desafios das mulheres na Engenharia 

O Dia Internacional da Mulher é celebrado desde 1908 e surgiu nos Estados Unidos com o objetivo de combater a desigualdade salarial e a violência de gênero. Mas foi apenas em 1977 que o dia 8 de março foi reconhecido pela ONU (Organização das Nações Unidas), assim se destacando ao longo dos anos como o Mês da Mulher. Março traz reflexões necessárias e atemporais sobre igualdade de gênero. Por isso, o Dynablog ouviu duas engenheiras da Dynatest que destacaram suas conquistas e desafios em um setor masculinizado por muitos anos, mas que segue em constante transformação com a ocupação de lideranças femininas.  

Luciana Barbosa, gerente de Projetos da Dynatest

A gerente de Projetos da Dynatest, Luciana Barbosa, relata como é trabalhar com engenharia tendo uma grande presença de homens na área. “Atualmente, esse percentual entre homens e mulheres está mais equilibrado. Nos últimos 10 ou 15 anos, houve um aumento expressivo de mulheres na engenharia civil. Há 20 anos, quando me formei, havia uma discrepância muito grande e o mercado de construção tinha um comportamento machista’’, comenta. 

No setor da engenharia, as mulheres ainda precisam lidar com desafios e preconceitos que surgem no dia a dia, mas conquistam cada vez mais o seu espaço profissional. Apesar da perspectiva positiva, a porcentagem de mulheres graduadas em cursos de engenharia é de apenas 28%, segundo a UNESCO. 

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Para a gerente de Projetos e Engenheira Civil da Dynatest, Paloma Fialho, a questão de gênero não foi uma diferença durante sua vida acadêmica e profissional. “Na época da faculdade de engenharia, a grande maioria era de homens, e isso para mim não tinha importância, pois eu estava estudando algo que eu gostava, e fiz grandes amigos. Quando iniciei a trajetória profissional, fui trabalhar em obra, o que era visto como muito ‘masculino’. Isso não me abalou e, de maneira natural, ao conhecerem minha forma de trabalhar, tal fato não teve mais importância’’, diz. 

A valorização da mulher no setor empresarial está ganhando visibilidade nos últimos anos. Segundo a Organização Nacional do Trabalho (OIT), o lucro das corporações comandadas por mulheres chega a ser 15% superior ao das empresas lideradas por homens. Luciana Barbosa está fazendo sua parte na Dynatest: “Durante alguns anos, eu fui a única engenheira da empresa. Hoje, a minha equipe possui mais engenheiras do que engenheiros. De qualquer forma, percebo que na engenharia civil, em especial no setor rodoviário, ainda há um percentual pequeno de mulheres em cargo de alta liderança’’. 

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As engenheiras da Dynatest finalizam dando um conselho para outras mulheres que queiram construir carreira na engenharia. Segundo Paloma Fialho, “as mulheres estão cada vez mais se interessando por profissões antes conhecidas como ‘masculinas’.  Isso é muito bom e mostra que estamos evoluindo como sociedade. Demonstra que as pessoas estão entendendo que independentemente de ser mulher ou homem, o importante é o diferencial que cada indivíduo possui’’. Já Luciana Barbosa sugere que as mulheres não permitam ser avaliadas por seu gênero, mas sim por sua capacidade técnica, competências e habilidades para lidar com os desafios da carreira: “Não se deixem abater por preconceitos que ainda existem e defendam a igualdade de gênero que ainda não é uma realidade na Engenharia’’.   

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A influência da infraestrutura rodoviária para caminhoneiros

Passar horas consecutivas na estrada é a função de muitos brasileiros todos os dias. Autônomos ou não, caminhoneiros precisam lidar com prazos curtos de entrega, trânsito, sono, cansaço e, muitas vezes, com vias precárias, pavimentos deteriorados e sem sinalização. Por isso, a  influência da infraestrutura das rodovias brasileiras é muito grande para os motoristas, interferindo em sua qualidade de vida e de trabalho.

Pavimentos danificados por efeitos do clima, falta de manutenção e desgaste podem encurtar a vida útil dos caminhões e também afetar a saúde dos caminhoneiros. Pistas esburacadas geram maior trepidação, o que contribui para o surgimento de sintomas como: perda do equilíbrio, lentidão de reflexos, taquicardia, vasoconstricção, alterações na liberação de enzimas e hormônios, dor localizada e difusa, dor de cabeça, mal estar, tonturas, alterações da frequência e capacidade respiratória, falta de concentração, distúrbios visuais e gastrintestinais, cinetose, degeneração de tecido neuromuscular e articular, desmineralização óssea e alterações cardiocirculatórias.

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Em relação aos caminhões, a trepidação causa desgaste prematuro dos amortecedores, como a perda de estabilidade em curvas, balanço excessivo em arranques e freadas, vazamento de óleo, barulhos anormais e dano nas rodas. Além disso, o eixo do veículo também fica comprometido, causando desalinhamento e instabilidade durante a direção. Tratam-se de consequências da má qualidade do pavimento que colocam em risco a segurança do motorista e dos demais passageiros da via.

Outro fator relevante ao trabalho dos caminhoneiros é a infraestrutura das rodovias. A falta de postos de gasolina, restaurantes, hotéis e pousadas ao longo das estradas dificulta o rendimento e entrega dos motoristas. Esse é também um fator de risco, já que a falta de descanso apropriado favorece a ocorrência de acidentes na via, assim como a má alimentação pode desencadear doenças crônicas como diabetes, hipertensão e problemas cardiovasculares. 

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Caminhoneiros são profissionais fundamentais para a sociedade e a economia do país. Investir na manutenção regular dos pavimentos e na infraestrutura rodoviária é necessário para que esses profissionais essenciais exerçam sua função plenamente. Assim, é possível garantir a qualidade de vida dos motoristas e do serviço que prestam.

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