Cinco rotas para uma viagem de carro inesquecível pelo Brasil

Cinco rotas para uma viagem de carro inesquecível pelo Brasil

Além de atuar como uma das principais empresas responsáveis por gerenciar e supervisionar obras de pavimentação em cada canto do Brasil, a Dynatest é, sobretudo, uma grande apreciadora das estradas e rotas terrestres. Por isso, o DynaBlog traz hoje cinco opções de roteiros ideais para uma viagem de carro, com duas características em comum: belas paisagens e trajetos em que a própria estrada é uma atração turística.

Rota das Emoções

(Parque Estadual dos Lençóis Maranhenses. Foto: Destinos Imperdíveis)

A Rota das Emoções compreende três estados brasileiros: Maranhão, Ceará e Piauí. O percurso, que pode ser feito em um período de dez ou quinze dias, inclui dezenas de opções de paradas e atrativos, dentre os quais destacam-se Jericoacoara, Barra Grande, as ilhas do Delta do Parnaíba – o único delta em mar aberto das Américas –, São Luís – maior acervo de casarões coloniais do Brasil – e os Lençóis Maranhenses.

A rota foi criada em 2005 pelo Sebrae, empresários e governos locais para estimular o turismo da região. Hoje, inclui 14 municípios em seus quase 500 quilômetros de extensão. Para o percurso, alugar um carro é recomendado. Passageiros podem usufruir de uma estrada inaugurada em janeiro deste ano, que facilita o trajeto entre os Lençóis Maranhenses e a praia de Jericoacoara. O novo trecho pavimentado, que liga os municípios de Barreirinhas e Paulino Neves, encurta em 400 quilômetros o trajeto entre o Maranhão e os outros dois estados da Rota.

Estrada Real

(Glaura, vilarejo na rota da Estrada Real. Foto: Creative Commons/Wikimedia Commons)

Com uma extensão de 1.630 quilômetros, a Estrada Real é uma viagem pela História do Brasil, passando por 163 cidades de Minas Gerais, oito do Rio de Janeiro e oito de São Paulo. O projeto foi inaugurado em 2001 pelo Instituto Estrada Real, uma entidade civil e sem fins lucrativos criada para valorizar o patrimônio histórico-cultural e estimular a revitalização das rotas coloniais, surgidas no século XVII para transportar ouro e diamantes.

O trajeto pode ser percorrido por quatro caminhos principais:

– Caminho Velho (Estrada Velha): primeira via aberta oficialmente pela Coroa para tráfego entre o litoral fluminense e a região mineradora;

– Caminho Novo: liga o Rio de Janeiro a Ouro Preto, passando por Petrópolis, Juiz de Fora e Barbacena;

– Caminho dos Diamantes: liga Ouro Preto a Diamantina;

– Caminho do Sabarabuçu: liga Catas Altas (Minas Gerais) a Glaura, um distrito de Ouro Preto.

Linha Verde

(Praia do Forte, Bahia. Foto: Projeto Tamar)

Composta por uma grande extensão do litoral norte da Bahia, a Linha Verde abrange 12 praias: Guarajuba, Itacimirim, Praia do Forte, Jacuípe, Costa do Sauípe, Sítio do Conde, Costa Azul, Praia do Diogo, Arembepe, Jauá e Mangue Seco. A rota turística é também conhecida como Estrada do Coco e começa na divisa de Salvador com Lauro de Freitas, seguindo até a divisa da Bahia com Sergipe. O grande atrativo da região é a diversidade das praias, entre as quais se destaca a Praia do Forte, que abriga os projetos Tamar e Baleia Jubarte.

Estrada da Graciosa

(Portal de entrada da Estrada da Graciosa. Foto: Marcos Guerra)

Esse é o apelido da rodovia PR-410, estrada estadual com 40 quilômetros de extensão que liga Quatro Barras, em Curitiba, à Baía de Antonina. A rodovia foi inaugurada em 1873 e servia como rota de escoamento da produção de café, erva-mate e madeira do Paraná aos portos de Paranaguá e Antonina. Durante esse percurso, é possível atravessar o trecho mais preservado de Mata Atlântica do Brasil, além de desfrutar de sete recantos com estruturas de lazer. A região foi reconhecida pela Unesco com o título de Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, em 1992.

Transpantaneira

(Transpantaneira. Foto: Bernard Dupont)

Uma das grandes atrações turísticas do Centro-Oeste brasileiro é uma estrada de 165 quilômetros de extensão entre os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A viagem é feita pela MT-060, rodovia estadual popularmente conhecida como Transpantaneira, que passa à margem do Rio Cuiabá. No caminho, é comum observar diversas espécies da fauna local, como jacarés, cobras, garças, entre outros. Por essa razão, a rota é indicada a quem quer explorar a biodiversidade desse bioma, e também para quem gosta de aventuras: recomenda-se um 4×4 para atravessar a estrada de terra batida e as mais de cem pontes de madeira sobre pântanos.

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Conheça inovações tecnológicas em aeroportos pelo mundo

A tecnologia vem cumprindo muito bem sua função em otimizar processos do cotidiano, e é claro que os aeroportos não poderiam ficar de fora. Há cada vez mais soluções inteligentes para promover segurança e facilitar o fluxo de passageiros e o tráfego aéreo. Veja abaixo algumas dessas inovações nos terminais pelo mundo:

Aeroporto Internacional de Guarulhos

O Aeroporto Internacional de Guarulhos, após a inauguração do Terminal 3, apostou nos e-gates: portões eletrônicos automatizados que agilizam o processo de inspeção de passaporte realizado pela Polícia Federal. Em 30 segundos, o sistema checa as informações do documento pelo chip eletrônico, além de fazer o reconhecimento biométrico-facial do passageiro. Com a confirmação da autenticidade do passaporte, os portões se abrem para que os usuários acessem a área de embarque com o controle remoto da polícia.

Aeroporto de Brasília

O Aeroporto de Brasília conta com o Serviço de Automação de Bagagem, no qual as malas são classificadas sem contato humano, o que reduz erros, flexibiliza o processo e oferece maior precisão nos casos de inspeção. Equipamentos de raio-x integrados às linhas verificam as bagagens nas áreas de desvio de malas suspeitas.

Aeroporto Incheon Seul, Coréia do Sul

O Aeroporto Incheon é considerado um dos melhores terminais da Ásia e também do mundo, e utiliza o sistema ILS Cat-III, tecnologia que combina instrumentos que garantim aterrisagens precisas e seguras, até mesmo em situações de pouca visibilidade. O recurso dá o máximo de informações e sugestões de manobra à tripulação dos aviões durante o pouso.

Aeroporto de Detroit, Estados Unidos

Para diminuir o risco de acidentes e a alta emissão de gases poluentes, o terminal conta com um método diferente de abastecimento das aeronaves: em vez de apostar nos caminhões-tanque, que levam o combustível de um lado para o outro na pista, profissionais do aeroporto desenvolveram e instalaram hidrantes no perímetro de pouso e decolagem. O sistema abastece os aviões de forma mais prática e segura, sendo menos prejudicial ao meio ambiente.

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Como garantir a segurança dos trabalhadores em construções rodoviárias

Realizar serviços que influenciam no tráfego da rodovia, em um país onde a maioria do transporte logístico é realizado neste modal, muitas vezes, é um desafio. Devem ser seguidos protocolos rigorosos para garantir a segurança dos usuários, e provocar o mínimo de transtorno durante a realização dos mesmos. Abaixo, veja procedimentos necessários para garantir o deslocamento seguro de motoristas e a integridade de funcionários:

1. Planejamento de trânsito na região dos serviços

A prioridade durante os serviços é a segurança dos motoristas, passageiros e funcionários. A via deve estar livre de grandes impedimentos para não interferir ou interferir o mínimo possível na fluidez do tráfego rodoviário. Para isso, é necessário investimento em sinalizações e ações que facilitem o fluxo de veículos, especialmente em dias mais movimentados.

2. Sinalização clara e positiva

Sinalizações e advertências devem ser instaladas em uma distância adequada, antes do local a ser realizado determinado serviço, para que motoristas, ciclistas e pedestres sejam avisados com antecedência de alterações de rota ou obstáculos, evitando, dessa maneira, possíveis acidentes.

A comunicação deve ser positiva, indicando ao usuário como atravessar a zona do serviço de forma segura. São utilizados aparatos como placas, cones e painéis de mensagem. Outra forma de controle de tráfego são as equipes de sinalização, instruídas adequadamente e equipadas com roupas específicas e bandeiras para chamar a atenção dos usuários da via.

3. Capacitação dos profissionais

Este princípio é fundamental. O uso de dispositivos de segurança é indispensável, no entanto, o fator humano é de grande importância, uma vez que os funcionários precisam ser conscientizados sobre a necessidade em seguir e implantar os processos de segurança nos locais dos serviços a serem realizados. Além da conscientização, os responsáveis pelos serviços devem capacitar as equipes e assegurar que sigam corretamente os padrões de segurança estabelecidos pela Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho e Emprego NR 6, entre outras.

Todos os profissionais passam por treinamento adequado, incluindo o uso de equipamentos de proteção individual, os EPI’s. Essas ações têm como objetivo a redução de riscos de acidentes e prejuízos à saúde dos trabalhadores.

4. Boa comunicação

Para garantir a segurança dos trabalhadores e demais pessoas envolvidas, é recomendado emitir avisos antecipados e colaborar com os meios de comunicação interessados sobre as condições do trecho. O cronograma dos serviços informa detalhes sobre o início e previsão de término.

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Fatores importantes na construção de pistas de pouso e decolagem

Viajar de avião no Brasil se tornou muito mais acessível nos últimos dez anos.  Segundo dados do Anuário do Transporte Aéreo, elaborado pela ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), foram registrados mais de 109 milhões de passageiros nos voos domésticos e internacionais em 2016.

Com aumento de demanda, aeroportos são modernizados e possuem um fluxo mais intenso a cada ano. Por isso, é necessário garantir a segurança de passageiros, tripulantes e funcionários desde a construção dos pavimentos dos terminais. Abaixo, saiba o que deve ser levado em consideração nas obras de pistas de pouso e decolagem dos aeroportos:

Composição

A composição das pistas de aeroportos bem movimentados, geralmente, inclui concreto ou asfalto. Em campos de aterrisagem menor ou em áreas isoladas, as pistas podem ser feitas com terra, pedras ou grama.

O pavimento de concreto tem a alta durabilidade como vantagem, no entanto, há um custo inicial e dificuldades de manutenção. Já o elemento asfáltico facilita a manutenção, porém necessita de fresagem e reforços estruturais mais prematuros.

Características gerais

Espaço nunca é demais: é imprescindível que as pistas de pouso e decolagem de aeroportos sejam longas e largas o suficiente para permitirem operações de aviões maiores e evitar acidentes e colisões.  Outra característica indispensável é que as vias sejam planas, sem inclinações ou com a mínima inclinação possível.

Existem cabeceiras das pistas de aterrisagem dos aeroportos que precisam ser livres de obstáculos ou objetos estranhos que dificultem ou ponham em risco a operação dos pilotos. Por isso, as linhas de tráfego aéreo devem ser distantes de torres e prédios. Há também as taxiways, pistas de auxílio que agilizam o tráfego de aeronaves no solo – após o pouso ou decolagem.

Fatores naturais

Outro ponto importante é que a construção das pistas precisa levar em conta o padrão dos ventos do local. Os ventos devem ser paralelos às pistas no mínimo 95% do tempo para assegurar a tranquilidade no pouso ou decolagem. Os ventos laterais são responsáveis pelas turbulências e até podem causar acidentes.

Seções


As pistas são divididas em seções por meio de marcações em branco ou amarelo

As pistas precisam de marcações, números e linhas centrais delimitando qual pista é utilizada em condições normais, e a área de escape, livre de obstáculos. As áreas marcadas em amarelo são os blast pads, destinadas aos pousos de emergência, com superfície menos resistente que a da pista principal. Os espaços antes da pista são as limiares deslocadas, utilizadas para taxiamento – e não recomendadas para impacto de pousos.

Iluminação

Outro requisito para a construção das pistas é a iluminação, para pousos noturnos e em dias de chuvas ou neve. Todos os aeroportos devem, obrigatoriamente, apresentar o conjunto de luzes abaixo:

•          REIL (Runway End Identifier Lights) – Luzes piscantes sincronizadas instaladas antes da pista;

•          End lights – Luzes que marcam o início da pista;

•          Edge lights – Luzes elevadas que marcam as bordas da pista;

•          RCLS (Runway Centerline Lighting System) – Luzes que marcam o meio da pista, são colocadas a 15m de distância uma da outra;

•          TDZL (Touchdown Zone Lights) – linhas compostas por 3 luzes brancas com intervalos de 30 e 60 metros, marcam a área de toque da aeronave;

•          Luzes de taxiamento – Colocadas na área de taxiamento da pista;

•          LAHSO (Land and Hold Short Lights) – Luzes piscantes que marcam o cruzamento de pistas;

•          ALS (Approach Lighting System) – Luzes que indicam aproximação da pista;

Para saber mais sobre assuntos do setor de transportes no geral, acesse o DynaBlog e acompanhe a Dynatest Engenharia no Facebook e no LinkedIn.

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Procedimentos de segurança em pavimentos aeroportuários

Os pavimentos aeroportuários exigem cuidado e manutenção constante para a segurança das equipes, tripulantes e passageiros que circulam diariamente nos terminais. A composição do pavimento varia conforme o tipo de pista analisada: para as pistas de pouso e decolagem, há a possibilidade de serem compostas de concreto ou asfalto; já as pistas de taxiamento ou estacionamento podem levar pavimentos de concreto, asfalto ou em blocos.

Segundo normas estabelecidas pela ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), operadores de aeródromo devem estabelecer e implementar um sistema de manutenção da infraestrutura do terminal, aceita pela ANAC, e que esteja inserida nas operações do aeroporto. O sistema precisa ser capaz de:

– Manter as condições físicas e operacionais dentro dos padrões exigidos;

– Permitir a continuidade das operações do aeroporto dentro do nível aceitável de segurança operacional;

– A manutenção precisa ser estruturada em programas que abordem as áreas pavimentadas, incluindo as pistas de pouso e decolagem, pistas de táxi, pátios de estacionamento de aeronaves e vias de circulação de veículos, equipamentos e pessoas.

– O sistema deve englobar também áreas não-pavimentadas, que compreendem as citadas anteriormente e faixas de pista, drenagem, áreas verdes, auxílios visuais, sistemas elétricos, proteção da área de operações, equipamentos, veículos e sinalização viária, edificações inseridas ou limítrofes à área operacional.

Processos de manutenção

Para a manutenção, devem ser realizados processos contínuos de monitoramento das condições dos pavimentos, manutenção preventiva e corretiva. Além disso, os responsáveis por implantar os procedimentos deve documentar todas as ações preventivas descritas acima. Para isso, é necessário manter as áreas de pavimentos em condições operacionais adequadas, visando a estrutura e funcionalidade do pavimento.

Os profissionais encarregados devem verificar quaisquer defeitos e manter as pistas livres de objetos estranhos ou algo que possa causar perda do controle de direção ou danos às aeronaves. O monitoramento de defeitos por meio de inspeções visuais inclui os desníveis, depressões e deformações dos locais. A diferença de nível entre áreas pavimentadas e não-pavimentadas deve ser inferior a oito centímetros e trinta graus de inclinação.

As juntas de dilatação dos pavimentos devem ser mantidas íntegras e niveladas, na união entre pavimentos rígidos e flexíveis e nas demais selagens. No caso de remendos ou serviços de recapeamento, as juntas longitudinais ou transversais de construção não devem alterar as respectivas declividades originais. Essas características devem ser inspecionadas regularmente, a fim de mitigar riscos, prevenir ou corrigir danos e evitar a restrição operacional.

Após estabelecer os procedimentos necessários de segurança e sua manutenção, é imprescindível avaliar a qualidade desses processos para garantir a seguridade dos pavimentos em aeroportos:  clique aqui para saber mais sobre esse assunto. E conte com a Dynatest Engenharia para ajudar nos estudos e projetos aeroportuários.

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Asfalto reciclado: mais um aliado à sustentabilidade

Formado a partir de derivados do petróleo, o plástico pode levar de 50 anos – no caso de copos plásticos – a 500 anos – sacolas plásticas, por exemplo – para se decompor. De forma semelhante, o asfalto, que também apresenta substâncias do petróleo em sua composição, é um tema de grande preocupação quando o assunto é degradação ambiental e sustentabilidade. Por essa razão, o uso de materiais recicláveis é extremamente interessante para a área de construção civil, e diversas iniciativas pelo mundo já empregam o chamado asfalto reciclado.

Uma das técnicas mais utilizadas para reciclagem do asfalto é a conhecida como fresagem. A partir dela, o asfalto envelhecido que seria descartado – chamado de fresado – e que demora a se degradar é renovado a partir de novas misturas. Nessa técnica, o revestimento é peneirado e granulado para atender às necessidades do trecho a ser reparado. Depois de aquecido por raios infravermelhos, ocorre a adição de substâncias como cimento asfáltico de petróleo (CAP) ou emulsões asfálticas (EAP).

Desenvolvida na Europa na década de 1990, a fresagem já foi adotada em partes da América do Norte e tem muitos exemplos de aplicação no Brasil. Em Vancouver, no Canadá, a técnica foi aprimorada com a incorporação de plástico velho à mistura, como uma estratégia para reduzir as emissões de gases do efeito estufa. No Brasil, um exemplo do emprego desse método foi realizado pela CCR NovaDutra, que utilizou mais de três mil toneladas de asfalto reciclado em operações de recuperação do pavimento da Via Dutra.

Iniciativas internacionais

De acordo com a ONU Meio Ambiente, o mundo produz cerca de 300 milhões de toneladas de lixo plástico por ano. Até hoje, somente 9% de todo o lixo plástico gerado foi reciclado. Embora não haja solução imediata, a reciclagem do asfalto, um material utilizado em larga escala mundialmente, representa uma discussão que pode render frutos. Não à toa, a utilização de plástico reciclado em pavimentos também é uma tendência em outros países.

Na Holanda, por exemplo, as empresas KWS, que constroem estradas, e Wavin, fabricante de tubos de plástico, implementaram no ano passado uma ciclovia de 30 metros cujo pavimento é composto por 70% de plástico reciclado e 30% de polipropileno, um termoplástico reciclável. O projeto é um protótipo para a PlasticRoad, desenvolvida pelas duas holandesas em parceria com a Total, companhia francesa que fornece gás e petróleo. Essa estrada sustentável deve ter uma vida útil até três vezes maior que as tradicionais, com custo mais baixo de implementação, uma vez que o tempo de construção pode ser reduzido em até dois terços.

Outra empresa responsável por aplicar resíduos plásticos no asfalto é a britânica MacRebur. A empresa desenvolveu uma mistura de polímeros que melhoram a resistência e durabilidade do asfalto, reduzindo a quantidade de betume necessário na mistura. O local de teste foi o distrito de Enfield, em Londres, em uma estrada com alto volume de tráfego. A iniciativa contribui para a reciclagem do plástico – o lixo utilizado é o que os londrinos separam na coleta seletiva – e evita o uso de materiais poluentes, incluindo os derivados do petróleo.

Um último exemplo de referência foi empregado em Rayfield Avenue, um subúrbio de Melbourne, na Austrália. Um trecho de 300 metros foi pavimentado a partir de 200 mil sacolas plásticas e embalagens, além de 63 mil garrafas de vidro trituradas e 4.500 cartuchos de impressora. Com o uso de 50 toneladas de asfalto, foram geradas 250 toneladas de material para pavimentação das estradas.

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Verão nas estradas: saiba qual o impacto das altas temperaturas sobre os pavimentos

No verão, o fluxo nas estradas se torna muito mais intenso, graças ao período de férias. Esse fator, por si só, representa um motivo para cuidado redobrado nas estradas. Por outro lado, as condições climáticas da estação também são outros elementos a se observar nos primeiros meses do ano, uma vez que o calor e o regime de chuvas são mais intensos. Além dos motoristas, as próprias estradas também sofrem com essas interferências. No post de hoje, veja como as altas temperaturas interferem no comportamento do pavimento.

Revestimentos asfálticos são escuros, e por isso absorvem muito calor – o pavimento chega a armazenar mais de 80% da energia proveniente da radiação solar. Assim como qualquer elemento, o asfalto dilata quando exposto a elevadas temperaturas e, no Brasil, há períodos e regiões em que a temperatura supera facilmente os 30ºC. Nesse processo de dilatação e contração, podem ocorrer fissuras e rachaduras que prejudicam o nível e o alinhamento do pavimento das vias.

Depois dessas agressões causadas pelo calor, as chuvas, também comuns durante o verão, podem ter outros impactos no pavimento já fragilizado. As rachaduras favorecem a infiltração da água por baixo do asfalto, o que pode ocasionar um descolamento. Com o tempo, esse desgaste pode gerar outros tipos de patologia do asfalto, como buracos pequenos ou grandes crateras, caso não sejam realizados procedimentos adequados de manutenção.

Como evitar o desgaste e prolongar a vida útil do pavimento?

A durabilidade do pavimento de uma rodovia está diretamente ligada a três elementos principais, que dizem respeito sobretudo às fases de elaboração do projeto. O primeiro deles está ligado à qualidade da estruturação, que deve especificar quais camadas do pavimento são necessárias de acordo com as condições locais e com o volume de tráfego. Em segundo lugar, está a execução rigorosa das obras, com monitoramento adequado da qualidade dos serviços e materiais utilizados.

Em terceiro lugar, está a necessidade de manutenção preventiva e corretiva do pavimento, essencial para evitar que uma patologia simples evolua para um problema estrutural, com custos de correção muito mais elevados. Uma maneira de aumentar a durabilidade do pavimento e reduzir o tempo de manutenção consiste no uso de selantes asfálticos, que impermeabilizam o pavimento e fornecem proteção contra os raios ultravioleta (UV).

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Saiba quais são os principais equipamentos para adequada gestão de pavimentos rodoviários

O processo de implementação, manutenção e conservação de uma rodovia requer a correta execução de uma série de metodologias. Além de interferirem diretamente na circulação de mercadorias e indivíduos, as intervenções nas rodovias envolvem investimentos que precisam ser aplicados de forma eficaz. Para garantir análises acuradas que alcancem o máximo aproveitamento dos recursos, a Dynatest realiza levantamentos de campo com a ajuda de diversos equipamentos. Conheça os principais deles:

  • Pavement Scanner

O Pavement Scanner consiste em um equipamento que utiliza linhas de projeção de laser e câmeras de alta velocidade para executar um escaneamento do pavimento de forma contínua. A radiação captura imagens do perfil transversal do revestimento e, com isso, permite avaliar seus defeitos e imperfeições. A análise dos dados e imagens coletadas pela tecnologia resultam em parâmetros de desempenho do pavimento, em conformidade com as normas do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

  • Falling Weight Deflectometer (FWD)

O FWD realiza estudos para conhecer a bacia de deflexão de pavimentos rígidos e flexíveis. Essa análise ocorre a partir da simulação do impacto de uma roda em movimento sobre o pavimento, a partir da aplicação dinâmica de cargas. Trata-se do equipamento mais utilizado atualmente para avaliar a estrutura dos pavimentos de forma não-destrutiva. A sua utilização em monitoramento de rodovias confere maior confiabilidade e economia.

  • Grip Tester, Pêndulo Britânico e Mancha de Areia

Estes estudos estão relacionados à avaliação da resistência da pista à derrapagens e à aderência entre os pneus dos veículos e a pista, elemento fundamental para garantir a segurança dos usuários. O Grip Tester consiste em um equipamento que avalia a microtextura do revestimento, simulando a pior situação de atrito entre pneu e pavimento, ou seja, com a pista úmida. Com ele, é possível determinar o coeficiente de atrito (Grip Number) do pavimento analisado.

O Pêndulo Britânico também executa ensaios de resistência de superfícies úmidas à derrapagem, a partir da simulação do deslizamento do pneu a uma velocidade aproximada de 50 km/h sobre o pavimento. Os ensaios de Mancha de Areia, por sua vez, determinam a macrotextura do pavimento a partir da distribuição de um volume conhecido de material sobre o pavimento, com o auxílio de um disco. Quando se torna impossível espalhar ainda mais o material, mede-se o diâmetro do círculo formado e, assim determina-se a altura média da “mancha de areia” – a macrotextura do pavimento.

  • Perfilômetro Laser (RSP)

O Perfilômetro Laser foi desenvolvido para obter medidas automáticas de alta precisão e para realizar testes rigorosos sobre a irregularidade superficial dos pavimentos. O instrumento é instalado a um veículo, o qual coleta medidas contínuas, em velocidade de tráfego, dos perfis longitudinais e transversais do trecho em análise.

A Dynatest disponibiliza às empresas o Sistema de Gerência de Pavimentos (SGP), uma ferramenta de armazenamento e análise de dados, como uma forma de gerenciar todas essas informações coletadas durante os estudos sobre as condições do pavimento e permitir que se elabore um plano estratégico de ação.

Quer saber mais? Fale com nossos especialistas: contato@dynatest.com.br.

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Conheça as principais obras de arte especiais brasileiras

Na área de engenharia rodoviária e ferroviária, construções desenvolvidas por artífices são denominadas obras de arte “especiais” (OAEs) por se oporem às construções comuns, como casas ou edifícios. Obras de grande importância, como pontes, viadutos, túneis e passarelas estão dentro dessa categoria.

As principais obras de arte especiais brasileiras são de grande valor à indústria de infraestrutura de transportes, destacando-se por características como tamanho, materiais usados ou pioneirismos. Abaixo, conheça algumas das principais construções especiais brasileiras:

Ponte Rio-Niterói (RJ)

A ponte Rio-Niterói, localizada na baía de Guanabara, liga a Ponta do Caju, no Rio de Janeiro, à Avenida do Contorno, em Niterói. É considerada a maior ponte de concreto protendido do Hemisfério Sul, e a sexta maior do mundo.

A obra possui 13,29 quilômetros de comprimento e 72 metros de altura no maior pilar, sendo a 11ª ponte mais extensa do planeta. A inauguração da ponte ocorreu em 1974, após seis anos de trabalho, com projeto idealizado por Mario Andreazza, ministro dos Transportes na época.

Atualmente, a ponte recebe mais de 150 mil passageiros em dias de fluxo normal, segundo a concessionária Ecoponte. São mais de 2.150 km de cabos em seu interior, e o vão central é o maior em viga reta contínua do mundo, com 300 metros de comprimento.

Ponte Rodoferroviária (SP/MS)

Créditos: Cacobianchi

A Ponte Rodoferroviária liga os estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo sobre o Rio Paraná, unindo Aparecida do Taboado (MS) a Rubinéia (SP). Foi inaugurada em maio de 1998 e custou mais de 800 milhões de reais aos governos federal e do estado de São Paulo.

A estrutura possui quatro faixas de rolamento para veículos rodoviários na parte superior, duas em cada sentido, ligando as rodovias Euclides da Cunha (SP-320) e BR-158 – importante ligação entre as regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Na parte inferior há uma via ferroviária. A extensão da ponte é de 3.700 metros, o que a configura como a maior ponte fluvial do Brasil. Cada vão possui 100 metros de comprimento.

Ponte Ayrton Senna (PR/MS)

Inaugurada em janeiro de 1988 como continuação da BR-163, a Ponte Ayrton Senna situa-se entre as cidades de Guaíra (PR) e Mundo Novo (MS). É a única ponte no mundo em curva na parte central com tobogã. Possui 2,8 quilômetros de extensão, 7,2 metros de largura e altura máxima no canal de navegação de 13 metros. O maior pilar da ponte possui 52 metros de altura.

Ponte do Rio Negro (AM)

Também conhecida como Ponte do Jornalista Phelippe Daou, é a maior ponte fluvial estaiada do país. Faz parte da Rodovia Manoel Urbano (AM-070), que liga Manaus a Iranduba, ambas no estado de Amazonas.

Inaugurada em outubro de 2011, é a primeira e única ponte que atravessa o trecho brasileiro do Rio Negro. Possui 11 km de extensão total, sendo 3,6 km sobre o Rio Negro, 2 km na margem esquerda e 5,5 km na margem direita. Trata-se da maior ponte estaiada em águas fluviais do Brasil, graças a seus 400 metros de seção suspensa por cabos.

Terceira Ponte (ES)

Com o nome oficial Ponte Deputado Darcy Castello de Mendonça, a obra liga os municípios de Vitória e Vila Velha, no Espírito Santo. Localizada na Baía de Vitória, ficou conhecida como Terceira Ponte por ser a terceira construção do tipo que liga as duas cidades.

Com 3,33 km de extensão, é a quinta maior ponte em extensão do Brasil. Seu vão principal tem 70 metros de altura, além de possuir 260 metros de distância entre os pilares, o que permite a navegação de embarcações de grande porte na baía.

Viaduto 13, Vespasiano Corrêa (RS)

Créditos: Pliniodemarco

Também conhecido como Viaduto do Exército, é o mais alto das Américas, e o terceiro mais alto do mundo, ficando atrás do viaduto Mala Rijeka, em Montenegro, e a ponte de Beipanjiang, na China. Inaugurado em 1978, faz parte da Ferrovia do Trigo, no trecho que conecta as cidades de Muçum e Vespasiano Corrêa, no Rio Grande do Sul.

A obra tem 143 metros de altura e 509 de extensão, com fundações de sapata corrida, enterradas a 21 metros abaixo do nível do solo. Quatro paredes de 80 centímetros de espessura formam os pilares do viaduto. Inaugurada em 1978, a denominação “13” decorre do fato de ser o 13º viaduto de uma sequência que se inicia no centro da cidade de Muçum, a “Princesa das Pontes”.

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Desafios para o setor de infraestrutura de transportes rodoviários em 2019

O setor de transportes enfrentou grandes adversidades no ano passado. A greve dos caminhoneiros desencadeada em maio de 2018 evidenciou a grande dependência do modal rodoviário para transporte e escoamento da produção no Brasil, com destaque para a alta dos preços de combustível.

O principal desafio para este ano diz respeito ao aprimoramento da infraestrutura das estradas, principalmente em território brasileiro, onde mais de 60% das cargas são transportadas por rodovias. E, segundo estudo do Joint Cargo Committee (Comitê de Transporte de Cargas do Reino Unido), o Brasil é um dos países mais perigosos para o setor de logística e transporte, ficando à frente de regiões em situação de guerra, como a Síria, Líbia e Afeganistão.

Estradas brasileiras ficam intransitáveis devido aos pontos críticos

De acordo com pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT Rodovias), apontou que 57% das rodovias estavam em condições regulares, ruins ou péssimas em 2018, sendo que mais da metade dos 107.161 quilômetros de estrada apresentou algum tipo de problema. E, desses 107 mil quilômetros, 21,8% foram avaliados como ruins ou péssimos.

Os resultados de 2018 foram satisfatórios em comparação com o ano retrasado. Em 2017, 61,8% das rodovias foram avaliadas como regulares, ruins ou péssimas. No entanto, mesmo com a melhora nas avaliações, houve aumento do número de pontos críticos na extensão pesquisada. O estudo da CNT identificou 363 trechos com avarias em 2017, e em 2018, o número subiu para 454. Os pontos críticos abrangem situações da via que representam risco grave à segurança de passageiros, como a queda de barreiras, pontes caídas e grandes buracos.

A conclusão da CNT é que o aumento de sinalização de segurança, que inclui placas de limite de velocidade e faixas centrais, foi responsável pela melhora no estado do modal rodoviário, o que pode ser desafiador nos dias de hoje graças aos níveis de investimentos realizados em infraestrutura.

Para Tayguara Helou, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de São Paulo (Setcesp), para melhorar a situação da infraestrutura rodoviária, é necessário mudar o planejamento logístico de toda a malha. Investimentos em tecnologia para melhorar a gestão do transporte rodoviário também se fazem essenciais para a virada dos índices de qualidade em 2019.

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