Conheça as principais obras de arte especiais brasileiras

Na área de engenharia rodoviária e ferroviária, construções desenvolvidas por artífices são denominadas obras de arte “especiais” (OAEs) por se oporem às construções comuns, como casas ou edifícios. Obras de grande importância, como pontes, viadutos, túneis e passarelas estão dentro dessa categoria.

As principais obras de arte especiais brasileiras são de grande valor à indústria de infraestrutura de transportes, destacando-se por características como tamanho, materiais usados ou pioneirismos. Abaixo, conheça algumas das principais construções especiais brasileiras:

Ponte Rio-Niterói (RJ)

A ponte Rio-Niterói, localizada na baía de Guanabara, liga a Ponta do Caju, no Rio de Janeiro, à Avenida do Contorno, em Niterói. É considerada a maior ponte de concreto protendido do Hemisfério Sul, e a sexta maior do mundo.

A obra possui 13,29 quilômetros de comprimento e 72 metros de altura no maior pilar, sendo a 11ª ponte mais extensa do planeta. A inauguração da ponte ocorreu em 1974, após seis anos de trabalho, com projeto idealizado por Mario Andreazza, ministro dos Transportes na época.

Atualmente, a ponte recebe mais de 150 mil passageiros em dias de fluxo normal, segundo a concessionária Ecoponte. São mais de 2.150 km de cabos em seu interior, e o vão central é o maior em viga reta contínua do mundo, com 300 metros de comprimento.

Ponte Rodoferroviária (SP/MS)

Créditos: Cacobianchi

A Ponte Rodoferroviária liga os estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo sobre o Rio Paraná, unindo Aparecida do Taboado (MS) a Rubinéia (SP). Foi inaugurada em maio de 1998 e custou mais de 800 milhões de reais aos governos federal e do estado de São Paulo.

A estrutura possui quatro faixas de rolamento para veículos rodoviários na parte superior, duas em cada sentido, ligando as rodovias Euclides da Cunha (SP-320) e BR-158 – importante ligação entre as regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Na parte inferior há uma via ferroviária. A extensão da ponte é de 3.700 metros, o que a configura como a maior ponte fluvial do Brasil. Cada vão possui 100 metros de comprimento.

Ponte Ayrton Senna (PR/MS)

Inaugurada em janeiro de 1988 como continuação da BR-163, a Ponte Ayrton Senna situa-se entre as cidades de Guaíra (PR) e Mundo Novo (MS). É a única ponte no mundo em curva na parte central com tobogã. Possui 2,8 quilômetros de extensão, 7,2 metros de largura e altura máxima no canal de navegação de 13 metros. O maior pilar da ponte possui 52 metros de altura.

Ponte do Rio Negro (AM)

Também conhecida como Ponte do Jornalista Phelippe Daou, é a maior ponte fluvial estaiada do país. Faz parte da Rodovia Manoel Urbano (AM-070), que liga Manaus a Iranduba, ambas no estado de Amazonas.

Inaugurada em outubro de 2011, é a primeira e única ponte que atravessa o trecho brasileiro do Rio Negro. Possui 11 km de extensão total, sendo 3,6 km sobre o Rio Negro, 2 km na margem esquerda e 5,5 km na margem direita. Trata-se da maior ponte estaiada em águas fluviais do Brasil, graças a seus 400 metros de seção suspensa por cabos.

Terceira Ponte (ES)

Com o nome oficial Ponte Deputado Darcy Castello de Mendonça, a obra liga os municípios de Vitória e Vila Velha, no Espírito Santo. Localizada na Baía de Vitória, ficou conhecida como Terceira Ponte por ser a terceira construção do tipo que liga as duas cidades.

Com 3,33 km de extensão, é a quinta maior ponte em extensão do Brasil. Seu vão principal tem 70 metros de altura, além de possuir 260 metros de distância entre os pilares, o que permite a navegação de embarcações de grande porte na baía.

Viaduto 13, Vespasiano Corrêa (RS)

Créditos: Pliniodemarco

Também conhecido como Viaduto do Exército, é o mais alto das Américas, e o terceiro mais alto do mundo, ficando atrás do viaduto Mala Rijeka, em Montenegro, e a ponte de Beipanjiang, na China. Inaugurado em 1978, faz parte da Ferrovia do Trigo, no trecho que conecta as cidades de Muçum e Vespasiano Corrêa, no Rio Grande do Sul.

A obra tem 143 metros de altura e 509 de extensão, com fundações de sapata corrida, enterradas a 21 metros abaixo do nível do solo. Quatro paredes de 80 centímetros de espessura formam os pilares do viaduto. Inaugurada em 1978, a denominação “13” decorre do fato de ser o 13º viaduto de uma sequência que se inicia no centro da cidade de Muçum, a “Princesa das Pontes”.